Qualquer dia

segunda-feira, julho 31, 2006



Domingo ao final do dia, como sempre, e sem excepção, começo a ser invadida por uma certa nostalgia, até poderei mesmo dizer que por uma certa tristeza. O corpo começa a ter dificuldades em se movimentar. A cabeça começa a girar sobre os problemas a tratar logo pela manhã de segunda feira. Eu detesto as segundas feiras. E esta, hoje, não é excepção. Começo, logo pela manhã a ser bombardeada por telefonemas, mal acabo de chegar ao escritório. E, mesmo sem nenhuma paciência, mesmo sem nenhuma vontade, lá respondo, com uma voz que tenta disfarçar o meu mau humor. É por tudo isto que eu detesto os Domingos, porque começo a pensar no dia seguinte, sabe sempre a tão pouco... muito pouco ...

sexta-feira, julho 28, 2006



Acordei. Com o corpo cansado. Os olhos custavam a abrir. Mas sorria. Não sei porquê. Talvez tivesse sonhado. Não sei. Nem sequer me lembro. Mas, apesar do cansaço do corpo, a primeira ideia que surgiu foi de que era sexta feira. E fiquei mais disposta a movimentar o corpo. Finalmente é sexta feira. E, por pensar nisso fiquei mais fresca. Pensei na praia, em mim, em ti, a areia, o mar, as ondas ... o descanso... o sossego... o não pensar em nada. Sempre gostei das sextas feiras.

O dia já está quase passado. O trabalho já quase todo feito. Que bom. É sexta feira. Daqui a pouco rumo ao meu abrigo. Sem nada planeado. Mas eu gosto assim.

quinta-feira, julho 27, 2006



Eu estou bem. Ao contrário do que pode transparecer das minhas palavras. Aliás, ando mais leve, mais solta. Pelo simples facto de não estar a fazer, neste momento, qualquer tratamento. Não me apetece. Estou sem pachorra. E talvez por isso esteja mais distante, e, por outro lado, talvez consiga ver o problema que me cerca de uma forma um pouco fria ... e bem mais real... Sempre tentei estar de olhos bem abertos para todos os desfechos possíveis. E o "não conseguir" é um deles. Tenho de estar preparada para qualquer hipotese. Bem como entendo que têm que existir limites para esta busca. Limites esses que ainda não descobri ... Mas, ainda falta ... essa é a única certeza que tenho ... ainda não sinto que atingi os meus limites, as minhas capacidades ... e ainda penso no "Qualquer dia".... Será? Será que algum dia esse dia vai chegar? Não sei, ninguém sabe....

quarta-feira, julho 26, 2006



Como é possível amar tanto alguém que nem sequer existe? Esta dúvida paira muitas vezes na minha mente. Depois, em seguida, pergunto-me onde tudo isto me vai levar? Deveria eu aprender alguma coisa com este problema, que passou a integrar a minha vida de forma tão intensa? Deveria eu tornar-me uma melhor pessoa? Não sei. Mas acho que nada disto esta a acontecer. Não me tornei melhor pessoa. Disso, não tenho dúvida. Pelo contrário, ás vezes sinto-me mais amarga, menos confiante no futuro. Sinto-me bloqueada num momento, que teima em não saltar, num momento de incertezas, onde tudo o que possuo é um "talvez". Não tenho, nem nunca tive, a confiança e a esperança de que um dia te iria alcançar, e te ter junto ao meu peito. Sempre tive bem a noção que nem todos conseguem concretizar o sonho de abraçar o tão desejado filho. Talvez seja essa a causa da minha armagura, ter noção que nem todos conseguem, e que eu, ou melhor, nós, talvez sejamos um desses casos.

terça-feira, julho 25, 2006



Nem sempre eu me encontro tranquila. Ao contrário do que possam pensar. Aliás, nem me considero tão pouco uma pessoa tranquila. Mas a verdade, é que quando não te tento alcançar a minha vida corre mais tranquilamente, sem desespero, sem picos de humor, e amor.... Vivo melhor quando não te procuro. Que estranho. O que mais quero, e a tentativa de o alcançar, faz-me viver de uma outra forma, com pensamentos que não me largam e que muito menos me acalmam e sossegam. Assim, como estou neste momento, queria estar sempre. Mas não consigo, porque simplesmente a minha busca ainda não terminou, nem sei quando irá terminar. Talvez um dia ... quando sinta que não vens ao meu encontro ...

sexta-feira, julho 21, 2006



É quando sinto o braço, pesado de amor, sob o meu corpo, que abro os olhos, e vejo que tudo faz sentido.

E então percebo que as dificuldades têm de ser surpreendidas por nós, e não nós por elas;

Que os medos têm de ser vividos com paixão, com garra, com vontade de serem ultrapassados, combatidos.

É o teu braço pesado de amor, que me embala no leito, que me amarra com tamanha vontade, que me faz sentir segura, protegida, até mesmo abençoada.

Esse braço, pesado de amor, que todos os dias, tenho junto ao meu corpo, e que me abraça ... e eu abraço .... muito...


Minha amiga Pó de Estrela

Colhi este trevo para ti,

Para te acompanhar nesta viagem,

Para te proteger de todo o mal,

Para te aconchegar com o meu carinho,

Para que possas sentir a minha ternura, que apesar de longe, está tão perto e tão presente.

Fico á espera de boas notícias, para que possa brindar este dia.



Amiga Kitty

Que este trevo da sorte seja também extensível a ti.

E que o dia de hoje seja lembrado para todo o sempre na tua memoria.

Fico também á espera da tua notícia para alegrar o meu dia.


Termino com o desejo de que seja um dia recheado de sorrisos ....
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quinta-feira, julho 20, 2006



Tenho dias em que me lembro dos que já partiram. Tenho dias em que me recordo de pessoas que foram tão importantes para mim. Daqueles que me ensinaram tantas coisas. Daqueles que me despertaram tantos sorrisos. Daqueles que me entregaram tantas carícias. Nesses dias, olho para o céu. Vejo as estrelas, e peço que me dêem um sorriso eterno, na forma de um filho.

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terça-feira, julho 18, 2006



Nesta altura navego num mar calmo. Tão calmo. Num mar onde não sinto a tua falta. Num mar em que me lembro de ti, mas onde me apetece mergulhar em mim, em nós, sem ti. Desfrutar da água calma, das pequenas ondas, sem sobressaltos, sem expectativas, na procura de outras conchas, de outros búzios. Nadar, boiar, sem criar expectativas que me fazem ir ao fundo do fundo. Não me esqueçi de ti, nunca me esqueçerei, mas agora, não sinto a mágoa da tua ausência.

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segunda-feira, julho 17, 2006



Um Domingo perfeito. Um dia como eu gosto. Rodeada por aqueles que amo. Juntos como eu quero. Sempre. A família. A minha família, que eu protejo, e onde me sinto protegida. Eu, o L., os meus pais, os meus sogros, os meus cunhados, e o mais que tudo, o nosso sobrinho. Um dia quente, tal como eu prefiro. Bons petiscos. Uma casa nova (dos meus cunhados) para festejar. E ... uma piscina ... de crianças, onde nos enfiamos eu, o L. e o Leonardo. Onde chapinhamos, muito, onde nos refrescamos. Foi bom, bem bom. Umas mangueiradas á mistura. Muito riso. Só faltavam mesmo os meus avozinhos. E foi um Domingo perfeito. Perfeito foi o meu Domingo.

sexta-feira, julho 14, 2006


Há vozes bonitas que nos entram pelo ouvido.
Há vozes bonitas que nos enchem a alma de sorrisos.
Há vozes amigas que nos fazem esqueçer tudo de mau e pensar que a vida tem a cada momento surpresas reservadas para nós.
Há vozes que nos são tão familiares.
Há vozes marcantes e que preenchem o nosso dia.
Há vozes que eu gosto muito de ouvir!

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quinta-feira, julho 13, 2006



FÉRIAS

Já não penso noutra coisa. A verdade é que andei a pesquisar e, voilá, o que eu já sabia, as viagens são muito mais dispendiosas em pleno Agosto. Mas a verdade é que não nos resta outra hipotese, porque obrigatoriamente tenho que gozar férias em Agosto. Ossos do ofício. A nossa vontade era ir para fora do país, uma semanita, para fugir de tudo, sem telemóveis (a maior praga do seculo XXI), e ficarmos só os dois. Isso sim, era um descanso merecido. Já só pedia uma semaninha. Mas confrontada com os preços, é obvio que não podemos ir para destinos mais longínquos. Então lembrei-me de um local onde fomos "muito felizes" (como diz o Malato). Um local que tem uma praia magnífica, um clima espectacular, e onde se bebem umas sangrias fabulosas. Um sítio onde fomos ainda em solteiros, e onde nos divertimos á brava, com uns pifos á mistura. Então talvez ... vamos tentar voltar ... a... Palma de Maiorca.

quarta-feira, julho 12, 2006



Melgas, resmas de melgas, até mesmo me atrevo a dizer paletes delas.

Eu que tenho uma maravilhosa varanda, e para a qual fomos comprar mesa e cadeiras, para durante o verão, sem sair de casa, estar no fresco de uma verdadeira esplanada, agora não posso lá permanecer nem sequer o tempo de esfumaçar um cigarrito. Não se faz, é que isto não se faz.

São milhares de melgas, resultado do viver perto, mesmo muito perto do rio, e de ter sido um ano cheio de chuva.

Tão pouco me atrevo a ter as janelas abertas, as fulanas entram surrateiramente, e toca a dar ferroadas ao pessoal. É ver os maluquinhos durante a noite á caça á melga. E ainda por cima as sacanas custam a morrer.

Bom, mas antes destas do que das outras, em forma de gente...

terça-feira, julho 11, 2006


HÁ ALTURAS EM QUE TEMOS QUE OLHAR PARA OUTROS PROJECTOS, OUTROS SONHOS. PAREÇE QUE ESTOU A AVISTAR UM NA MINHA LINHA DO HORIZONTE.

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segunda-feira, julho 10, 2006


Existem dias em que realmente percebemos que toma-mos as decisões certas, os passos certos. O tempo encarrega-se de nos mostrar que tinha-mos razão. E melhor que isso, é saber que sempre estives-te ao meu lado, contra tudo e contra todos. Como sempre és o meu herói, que me acompanha sempre, que me defende, mesmo quando as minhas decisões têm consequências que não são as melhores para ti. Mas mesmo assim, tu estás ao meu lado. Só me posso orgulhar de ti, como sempre fiel aos teus princípios, princípios de humanidade, de honestidade, de camaradagem. A minha admiração por ti começa aí, enquanto ser humano, único, e por isso, constato que a vida me brindou com a possibilidade de partilhar a vida contigo. E por isso sei que tenho uma sorte dos diabos!!!

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sexta-feira, julho 07, 2006



Minha querida Janelinhas:

E depois de fazer parte durante semanas a fio da claque dos nossos Tugas, a minha força agora é para ti.

Estou na primeira fila da torcida minha cara Stardust!

Como uma força que ninguém pode parar!!!!

quinta-feira, julho 06, 2006



Eu sei que tenho mau perder, mesmo muito mau perder, mas como é que é possível que este treinador francês, hoje, ainda venha dizer que os nossos meninos mergulharam, que os nossos meninos no banco de suplentes foram provocadores. Pelo menos quando festejamos as nossas vitórias não andamos a queimar carros. E depois nós é que somos provocadores. Não é justo, nada disto é justo. Scolari amigo continua assim, brilhante, sem papas na língua. E não me venham agora falar mal do homem, que fez muito por todos nós. E como sempre, mesmo sem vitória, os nossos meninos deixaram-nos tremendamente orgulhosos. Mereciamos a vitória, mereciamos mais respeito, mas como diz o meu amigo Scolari, somos o patinho feio da europa. Eu sei que tenho mau perder, eu sei...

quarta-feira, julho 05, 2006

Quando uma pequena cirurgia é adiada por causa de um jogo de futebol, eu fico a pensar ....
Pois bem, diga-se em abono da verdade que não era uma cirurgia urgente, era apenas uma pequena cirurgia de um familiar, que se encontrava marcada para hoje ás 18 horas. E eu, como já estava a contar com este adiamento, até tinha sugerido telefonar para a instituição hospitalar a confirmar a realização da cirurgia. Mas tão pouco foi necessário telefonar, porque o médico pessoalmente tratou de ligar. E aqui ele mereçe 2o pontos, uma vez que foi o próprio a falar com o paciente. Como é óbvio, também eu tenho uma vontade enorme de ver o jogo, um acontecimento que não temos oportunidade de assistir muitas vezes na nossa vida, por isso compreendo o médico, nem sequer pretende o presente post ser uma critica. Porém, não deixo de ficar pensativa, porque coloco a questão se este adiamento, nas mesmas circunstâncias, acontecia noutros países. A verdade é que eu gostaria muito que o nosso Portugal estivesse nas meias finais de outros campeonatos, como o campeonato da saúde, da educação, da erradicação da pobreza, etc. De qualquer forma FORÇA PORTUGAL, minha pátria ás vezes tão mal tratada. E que o adiamento pelo menos sirva para que os nossos Tugas nos encham mais uma vez de um enorme orgulho!